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ENGOBES

O engobe cerâmico é uma peça essencial e incrivelmente versátil. Sua aplicação vai além da mera estética, representando uma ferramenta valiosa para aprimorar as peças, muitas vezes assumindo o papel de uma forma de expressão artística.

Explorar suas aplicações é fundamental para alcançar o acabamento desejado em projetos de olaria.

Neste guia abrangente, abordamos não apenas o que é o engobe, mas também sua composição, processo de fabricação, diferentes fórmulas para efeitos variados, distinções em relação a outros materiais e técnicas cerâmicas, bem como suas propriedades intrigantes e práticas, entre outros tópicos relevantes.

O QUE SÃO ENGOBES EM CERÂMICA

O deslizamento cerâmico, também conhecido como engobe, é uma suspensão de materiais terrosos na água, essencialmente uma mistura de barro e água. Embora seja frequentemente associado à barbotina, há distinções significativas em sua composição que os tornam distintos um do outro. Rotular o engobe simplesmente como uma combinação de barro e água é uma simplificação inadequada que não captura totalmente sua importância na cerâmica.


A DIFERENÇA ENTRE ENGOBE E BARBOTINA:

Os materiais defloculantes desempenham um papel crucial nos engobes. Este termo, frequentemente encontrado nas descrições de engobes na Internet e muitas vezes não devidamente explicado, refere-se aos materiais que previnem a aglomeração das partículas em suspensão num líquido.

Esta função é especialmente vital quando as partículas são extremamente finas. Dessa forma, obtemos uma mistura com menor viscosidade, o que facilita a incorporação de uma maior quantidade de partículas.

Uma distinção importante em relação à barbotina é que o engobe pode ser produzido com uma proporção reduzida de barro e, geralmente, contém elementos fundentes. Os fundentes são substâncias químicas que diminuem o ponto de fusão de outros materiais, acelerando o processo de fusão. Além disso, os fundentes auxiliam no processo de tornar a argila mais fluida.

Outro componente comum nas composições de engobe é a sílica, responsável por “vitrificar” a mistura. Os diversos componentes vítreos presentes nos engobes, que influenciam suas propriedades, incluindo cor, são frequentemente referidos como “fritas” de cerâmica.

DECORAÇÃO COM ENGOBES

Vamos explorar as principais técnicas utilizadas, as quais podem inspirá-lo a experimentar:

  1. Imersão completa: Submergir a peça completamente no engobe, criando uma cobertura total.
  2. Efeito de gotejamento: Cobrir apenas uma parte da peça com o engobe e virá-la ao contrário para permitir que o líquido drene, gerando um efeito de gotejamento.
  3. Aplicação com pincel ou esponja: Revestir toda a superfície com um pincel largo ou aplicar com uma esponja, variando a pressão para criar diferentes efeitos.
  4. Detalhes e linhas finas: Utilizar um pincel fino para criar linhas finas ou desenhos detalhados.
  5. Técnica de mascaramento: Pulverizar o engobe na superfície, protegendo certas áreas para criar contrastes decorativos.
  6. Marmorização: Aplicar duas tonalidades de engobe simultaneamente para gerar um efeito marmorizado.
  7. Combinação de técnicas: Sobrepor diferentes técnicas de aplicação para criar efeitos únicos.
  8. Esfargito: Riscar áreas da superfície com uma ferramenta esgrafito após a peça estar em um estado de “pele” endurecida, revelando camadas subjacentes do engobe e permitindo a aplicação de novas camadas.
  9. Texturização e adição de elementos: Além da variação de tons, é possível adicionar textura à peça utilizando engobes vitrificáveis e não-vitrificáveis, bem como incorporar elementos como areia seca ou limalhas de ferro para efeitos decorativos adicionais.